Um blogue pessoal mas... transmissível

02
Abr 09

 

 

Parece que os líderes mundiais reunidos na cimeira do G20 chegaram hoje a um "acordo de acção global" para reactivar a economia internacional, que passará pela reforma do sistema bancário, a qual deverá incluir a penalização dos paraísos fiscais, um gigantesco pacote de estímulo financeiro, a renovação das instituições internacionais, o apoio ao comércio global e a criação de novos fundos para o combate à pobreza.

 

A propósito destas medidas e da crise global que as despoletou é interessante notar que foi precisamente a tendência suicidária de um crescimento infinito, que se foi gerando nas maiores economias mundiais, que acabou por conduzir-nos à crise de que agora todos se lamentam, qual coro de velhas carpideiras. Se pensarmos bem, tem-se vivido há demasiado tempo na sombra desta tendência suicidária. Toda a gente nos convenceu que era preciso consumir mais, cada vez mais. E para isso era necessário produzir mais, cada vez mais… E de crise em crise, chegou-se à beira do precipício. Até que o suicídio aconteceu mesmo… Parece que esta tendência suicidária de um crescimento infinito é conhecida há muitos anos mas só agora é que se lhe reconheceu o carácter de catástrofe. E o panorama é penoso de se ver. Os políticos lamentam-se e inventam mil e uma soluções para a crise. Os economistas de serviço choramingam e prevêem cenários apocalípticos. No fim de contas, quem terá de suportar a crise global será mesmo o "zé povinho" que todos os dias se debate para assegurar o seu sustento mensal e assim poder pagar as suas contas…

 

publicado por Pensador Insuspeito às 22:30

 

Diz-se que "o Governo socialista fez aprovar, em 2006, alterações à lei que permitem aos grupos financeiros a isenção total dos rendimentos das suas filiais". Perante isto, apraz-me dizer que ninguém pode acusar o Governo de não acautelar atempadamente o futuro e os interesses dos que agora se entretêm a desgovernar o país e dos que, fora do Governo, se agitam irrequietamente em busca de benesses, privilégios e isenções fiscais. De facto, a maneira mais expedita de saquear o Estado é colocar um político sem escrúpulos no Governo. Uma vez chegado ao poder, esse político de ocasião transforma-se numa versão travestida de Robin dos Bosques e passa a ocupar boa parte do seu tempo a desviar o dinheiro para os que estão fora e se movem em torno do poder, como os banqueiros e os empreiteiros de obras públicas. No final desta operação, o que foi para político deixa o Governo e passa a desfrutar impunemente do seu saque. Infelizmente, o esquema é tão antigo e tão usado, que já só mudam os nomes dos políticos que vão para dentro do Estado, uma vez que os outros, os da banca e das obras públicas, estão comodamente instalados e têm o esquema montado para todos os Governos. Ou seja, transitam de Governo para Governo e limitam-se a escolher os assalariados que vão para dentro do Estado. Para estes, o político não tem outra função senão a de inventar formas expeditas de desviar o dinheiro para os que estão cá fora. Enquanto isso, o povo entretém-se com o folclore da propaganda politica e das promessas que os Governos sistematicamente nunca cumprem…

 

publicado por Pensador Insuspeito às 19:46

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