Apesar de já não ver o M. há quase um mês (e que falta me faz...), posso dizer-vos que este fim-de-semana começou bem. Diria mesmo que começou muito bem... É que na sexta-feira garanti que vou finalmente concretizar algo que devia ter feito há muito tempo. Este ano promete... pelo menos nesse aspecto!
Ontem resolvi fazer uma arrumação ao escritório. Eram papeis e mais papeis que me enchiam a secretária e se espalhavam pelas estantes e até por um pequeno sofá onde gosto de me estender a ler e a ouvir um pouco de música nos intervalos dos trabalhos e das navegações pela net. Pois bem! Há muito tempo que andava a adiar esse trabalho. Também até há bem pouco tempo, todos os meus tempos livres eram dedicados ao M. e durante a semana, entre o trabalho, o ginásio e uma ou outra saída, não sentia vontade nenhuma de o fazer.
Ao olhar para todo aquele entulho intelectual, dei comigo a pensar até que ponto toda aquela papelada era necessária. Ando a fazer um mestrado e estou a redigir a tese, de modo que todas as vezes que falo com a orientadora, ela vem com aquelas recomendações da praxe: "Olhe que devia ler isto, e mais isto, e mais aquilo...". E lá vou eu em busca de mais informação, que muitas vezes nunca chego a ler. São montes e montes de fotocópias, porque os livros são caros e há sempre uma maneira de contornar os direitos de autor e a ASAE... No meio de tudo isto, vou redigindo a tese, muito, muito lentamente...
Lá para o fim do dia, ainda saí com a minha amiga G., que já não via desde o fim-de-semana passado (!). Fomos jantar ao meu restaurante italiano preferido e depois rumámos até ao bar mais in da santa terrinha porque as nossas gargantas estavam a pedir um copo. A G. é uma excelente pessoa, mas devo confessar-vos que tem um defeito do tamanho do mundo: é muito, muito, mas mesmo muito chatinha e, por isso, dá-me cabo da paciência... E depois está sempre a insinuar-se. Quer de mim algo mais do que uma simples amizade e eu já lhe fiz saber que não lhe podia dar mais do que isso. Mas ainda assim acho que não compreendeu. Quando namorava com o M., estive a ponto de lhe dizer que o meu coração já tinha dono, sabendo de antemão que ela não iria descansar enquanto não soubesse quem era. E se descobrisse era bem capaz de ser a reedição do Grande Terramoto de 1755!... Já estou a ver o argumento para o filme do ano... Não há pachorra!!!
Ao fim da noite, recebi uma sms do M. que me deixou a pensar e me fez ter um pouco mais de esperança. Posso estar a enganar-me a mim próprio. Mas não faz mal...