Um blogue pessoal mas... transmissível

19
Fev 09

 

Oh sim!... Estou em êxtase, quase a atingir um orgasmo intelectual. As ideias voltaram a povoar o meu cérebro. Tenho de aproveitar ao máximo estes breves momentos de glória, enquanto a musa (ou deveria dizer muso?) inspiradora ainda está por cá...

 

Ouço dizer que um ilustre cardeal me chamou de anormal. Who cares? Felizmente, não tenho o prazer de conhecer o dito senhor e, por isso, estou-me nas tintas para o que ele possa pensar e dizer a respeito da minha pessoa. E para desgosto do senhor cardeal há muito que o conceito de (a)normalidade deixou de seguir as rígidas normas ditadas pela Igreja. Apetece-me então mandar o ilustre membro da cúria romana àquele sítio malcheiroso de onde não deveria regressar, mas desde a mais tenra idade fui habituado às regras da boa educação e a respeitar todas as pessoas. Digam lá se eu não sou um anjo? Afinal, o M. tinha toda a razão.

 

Passemos por isso ao que realmente importa. Não, não vou falar da disenteria do meu canário, nem dos freaks da minha escola, nem da bruxa da minha vizinha. Tudo isso são coisas absolutamente normais. Vou falar-vos do mediúnico caso Freeport. Sim, leram bem. Mediúnico. Afinal não é o nosso inefável primeiro-ministro que diz que poderes ocultos andam a tramar uma campanha negra contra a sua impoluta pessoa? Pois bem. Parece que andaram a construir um mamarracho lá para os lados de Alcochete, na margem sul, em área de protecção especial do Estuário do Tejo, e que era o maior outlet da Europa. Isto de Portugal ser um país pequeno e ter as maiores coisas da Europa sempre me fez uma grande confusão. Mas avancemos senão o pensamento e a escrita resvalam para o obsceno e não há necessidade!... Ontem a imprensa e a televisão digladiaram-se para nos dizerem nada. Afinal os arguidos que estavam indiciados no processo do caso Freeport já não estão. Ou nunca estiveram. Ou nem sequer sabem onde fica Alcochete e muito menos o Freeport. Ou não há arguidos... E também nunca houve tráfico de influências, nem licenciamentos à pressa, nem dinheiro a circular por debaixo do pano. E eu quero acreditar que não, porque afinal neste país de brandos costumes não se passa nada. Absolutamente nada. E quero reafirmar, para que não restem dúvidas, que todas as pessoas se presumem inocentes até ao trânsito em julgado da respectiva sentença. Mas também não quero ser anjinho ao ponto de achar que está tudo bem, como se estivéssemos no melhor dos mundos, e que este país não é ainda um dos mais corruptos dentro do espaço europeu, segundo dizem as estatísticas internacionais. E  todos conhecemos casos de corrupção, ao longe e ao perto, que desprestigiam os poderes públicos, quaisquer que eles sejam. Já não sei o que pensar... Afinal no meio disto tudo quem são os (a)normais?

 

P. S.: Mais um post/pensamento destes e retiro o que disse àcerca da política e dos políticos. Porque afinal eu gosto é de política - só não consigo gostar é dos políticos - e qualquer dia estou a ver-me a percorrer freneticamente os Passos Perdidos da Assembleia da República...

 

publicado por Pensador Insuspeito às 11:10

Mais

Comentar via SAPO Blogs

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.


Fevereiro 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9

15
21

24


subscrever feeds
pensamentos que aqui deixaram
Olá!Também entrei hoje oficialmente de férias!=)E ...
Hmmm...simplesmnete o tipo ve a sua realidade ameç...
Que vergonha...só agora reparei que estás de volta...
Boas férias...e boa música.
Não sei se posso dizer que sou um frequentador da ...
Pinguim, ainda bem que gostaste. O tema é aliciant...
Toby, realmente com mentes tão tortuosas só se pod...
J. Coelho, como disse na resposta ao comentário an...
João, claro que o engate é independente dos locais...
Gostei imenso do teu texto.Parabéns! Abraço.
subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO