Um blogue pessoal mas... transmissível

31
Jan 09

 

 

No passado dia 24, estreou na televisão norte-americana "Prayers for Bobby", um filme baseado no livro homónimo de Leroy F. Aarons, que conta a história verídica da vida e o legado de Bobby Griffith, um jovem gay que se suicidou em 1979, devido à intolerância religiosa da mãe e da comunidade onde nasceu e cresceu. Ao saber da homossexualidade do filho adolescente, Mary Griffith (Sigourney Weaver), uma dona-de-casa extremamente religiosa, inicia uma campanha para o "curar", até que Bobby (Ryan Kelley), num acto de dor e desespero, se lança de uma passagem superior de auto-estrada com apenas 20 anos de idade.

 

 

 

Na sequência desse trágico acontecimento, Mary Griffith reconsidera a sua fé e as crenças que lhe tinham sido incutidas sobre a homossexualidade. Desde então, tem empreendido uma autêntica cruzada, alertando para os preconceitos e a violência de que os jovens gays e lésbicas continuam a ser vítimas na sociedade norte-americana, além de se ter tornado uma das mais visíveis activistas da "Associação Nacional de Pais, Familiares e Amigos de Lésbicas e Gays" (PFLAG), associação que luta para que os pais compreendam e aceitem a homossexualidade dos seus filhos. Um filme obrigatório para pais e não só… Enquanto não chega a Portugal, vejam o trailer.

 

 


 

 

Não. Não é o título de um filme porno de terceira categoria. É uma fantasia que eu tenho e que quero partilhar convosco. Portanto, se têm menos de dezoito anos, façam o favor de abandonar este blog e ir às vossas vidinhas.

 

Frequento um ginásio há alguns anos e muitas vezes dou comigo a fantasiar com isto. Habitualmente ouço dizer que o balneário de um ginásio é um paraíso para os gays. Pois eu digo-vos que não. Muito pelo contrário! Para mim é um autêntico suplício ver um monte de homens andarem por ali a circular tal e qual como vieram ao mundo e não poder fazer nada. Muitas vezes nem sequer poder olhar para não dar nas vistas. É certo que uma grande parte deles são uns trambolhos sem qualquer tipo de interesse e ainda que fossem os últimos homens à superfície da terra eu não lhes pegava. Mas existem alguns de bradar aos céus e pedir por mais! Entre todos eles, existe um que me põe a fantasiar com isso mesmo: muito sexo, ali mesmo no balneário! O P. é um rapaz lindo de morrer, com um corpinho cinco estrelas, que se cruza comigo várias vezes por semana quando vou ao ginásio. Algumas vezes encontramo-nos no balneário. Umas vezes é ele que está todo nuzinho, com aquele corpo delicioso a dizer: "Come-me, come-me". Outras vezes sou eu e tenho de fazer um esforço sobre-humano para não me descontrolar e aquilo começar a... vocês sabem do que estou a falar!

 

Infelizmente, ainda não tive o prazer de me cruzar com ele na sauna ou no banho turco. De todas as vezes que lá vou só estão velhos decadentes ou gajos sebosos. Só me apetece fugir... Mas lá vou ficando na esperança de algum dia me cair ali o P.. Não sei como irei reagir. Se calhar vou sair de lá a correr. De facto, não sei...

 

Acho sinceramente que o P. não é gay ou então o meu gaydar anda a funcionar mal. Já falei com ele algumas vezes e não me parece. Mas se fosse era bem capaz de me fazer a ele. Homens assim há poucos. E eu não sou de ferro... Agora que estou em stand by posso dar-me a estas fantasias. Como já disse aqui, quando estou numa relação sou mais fiel do que um pastor alemão e não tenho olhos para mais ninguém, mas quando estou fora tenho de me fazer à vida...

 

publicado por Pensador Insuspeito às 12:40
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30
Jan 09

 

Os Lulla Bye são uma banda portuguesa de rock alternativo mas cantam em inglês. Actualmente, esta música enche-me as medidas...

 

Lulla Bye - "A Bigger Plan"
publicado por Pensador Insuspeito às 00:33

 

Olhando bem para os últimos governos, podemos afirmar sem sombra de dúvida que todos falharam. No entanto, alguém dizia há tempos que o problema está também em nós, portugueses, povo de chicos-espertos, povo que, como nenhum outro na Europa, é mestre na arte do desenrascanço. Com efeito, por melhores que sejam os nossos políticos e governantes, nada farão com um povo que valoriza os que são capazes de enganar as autoridades e contornar o sistema fiscal, os que são capazes de possuir chorudas contas bancárias na Suíça e declarar o ordenado mínimo em Portugal, os que são capazes de adoecer à sexta-feira depois de uma quinta-feira em que foi feriado para fazerem a ponte que o patrão ou o Estado não quiseram dar, os que são capazes de comprar atestados médicos para faltar uns dias ao trabalho, os que são capazes de apresentar aos médicos uma lista de doenças possíveis e impossíveis para se poderem reformar mais cedo. E a lista poderia continuar… A mediocridade do nosso povo vê-se nos mais pequenos pormenores, como sejam o cuspir no chão ou lançar para a estrada o guardanapo da sandes que se acabou de comer. Um dos melhores exemplos desta nossa mediocridade é a maneira como se conduz. Na estrada, revela-se toda a nossa pequenez. Não vou aqui falar dos acidentes, mas dos chicos-espertos que encontram sempre maneiras de passar à frente de todas as pessoas que estão nas filas de trânsito, revelando assim toda a extensão da sua imensa idiotice.

 

Quase todos os dias tenho o prazer de me envolver numa fila de trânsito a caminho da escola onde dou aulas. É um prazer que eu dispensava bem e de bom grado deixaria para os outros porque não sou egoísta... Mas tem mesmo de ser... Em todo o caso, devido a esta excepcional oportunidade posso testemunhar diariamente o processo de exibição do tuga médio, aquele que compra Audi’s e BMW’s em 30.ª mão no estrangeiro e depois anda por aí como se fosse o dono do mundo. É o caso do chico-esperto que numa via com duas faixas de rodagem conduz pela faixa esquerda como se fosse seguir adiante mas de repente arrepende-se e decide entrar de fininho na fila da direita já em cima da saída para onde quer realmente ir… É verdade que ouve umas buzinadelas, mas conseguiu a proeza de passar dezenas e dezenas de carros que vão ordeiramente em fila, à espera de passar o tempo que aumenta na proporção directa do que estes cabrões fazem quando os outros são obrigados a travar e a deixar o carro entrar na fila… Ou então o espertalhão que entra numas bombas de gasolina como se fosse abastecer de combustível e reentra triunfante mais à frente, ganhando assim alguns lugares na fila que se arrasta em direcção à saída… Pois é! A coisa fluía se todos se comportassem como adultos com níveis normais de inteligência, mas neste país existem sempre uns chicos-espertos que devem pagar imposto de circulação especial ou ter um direito adquirido a serem idiotas... É por estas e por outras que continuo a dizer que Portugal merece bem estar na cauda da Europa…
 

publicado por Pensador Insuspeito às 00:07
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29
Jan 09

 

Estava eu a fazer uma pesquisa na net sobre o famoso "Magalhães", a pedido de uma amiga e colega, quando, por acaso, dei de caras com esta adaptação, muito bem pensada, do célebre episódio de indisciplina ocorrido na Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto.

 

Para fazer o contraponto humorístico à semana escolar algo atribulada que estou a viver...

 

 

da-me-o-magalhaes-ja

 

Autor: Blog Dois Cliques

publicado por Pensador Insuspeito às 00:38
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28
Jan 09

 

Decidi que um dia destes vou deixar de fumar. A sensatez da idade exige-me que o faça e não tente adiar mais a decisão. Já não sinto o mesmo prazer que costumava sentir. O cheiro a fumo de tabaco no corpo e nas roupas começa a incomodar-me. As preocupações com a saúde e o bem-estar físico começam também a falar mais alto. Não sei se vou conseguir deixar os cigarros de vez, pois tentei deixar de fumar várias vezes e nunca consegui. Porque eu penso que deixar de fumar não significa apenas apagar o cigarro. A verdadeira solução para deixar de fumar é não voltar a acendê-lo. Porque se, num momento de crise, acendemos um cigarro estamos feitos. Falhámos. Podemos apagá-lo logo a seguir, arrependidos, podemos apagar mais cinco nesse dia ou no dia seguinte, mas o mais provável é regressar ao velho hábito de fumar uns vinte cigarros por dia. Deixar de fumar é tão difícil que não sei até que ponto não faria sentido promover-se umas reuniões do tipo "Alcoólicos Anónimos", mas dedicadas apenas a ex-fumadores. O participante levantava-se, apresentava-se aos restantes ex-fumadores e, com um sorriso de orelha a orelha, anunciava: "Já não fumo um cigarro há um mês". Toda a gente aplaudiria e com razão, pois deixar de fumar é mesmo um feito notável.


Já passei por fases da minha vida em que fumava compulsivamente. Algumas vezes sentia-me dependente da nicotina. Não me passava pela cabeça adormecer sem fumar um último cigarro. Era capaz de sair de casa a meio da noite, se preciso fosse, enfrentando estoicamente a chuva, o vento e o frio, só para comprar um maço de tabaco. Caso fosse impossível sair, amaldiçoava o mundo e deitava-me à espera de um milagre: adormecer. De manhã, quando acordava, das primeiras coisas em que pensava era fumar um cigarro, embora seja incapaz de o fazer em jejum. E então apressava-me a tomar o pequeno-almoço para poder meter nicotina nas veias o mais depressa possível e fornecer aos meus pulmões a sua dose diária de veneno. Estudar sem cigarros era impossível. Mal começava o estudo e já precisava de fumar. Interrompia o estudo para fumar um cigarro. Quando acabava o estudo, fumava outro. Se precisava de pensar em qualquer outra coisa para fazer, tinha de pedir ajuda ao cigarro. Se uma conversa estivesse interessante, apetecia-me fumar; se uma conversa não estivesse interessante, ainda me apetecia fumar mais. Se estivesse a passar um bom bocado, fumava por me sentir satisfeito; se estivesse aborrecido, fumava por estar aborrecido. Na ilusão de que apenas com o cigarro é possível acalmar, concentrar, relaxar… E, de facto, psicologicamente era o que sentia, o que me levava a fumar mais e mais…


Nessas fases, que felizmente não duravam muito tempo, podia associar o cigarro a praticamente qualquer actividade, pois o que eu queria era arranjar desculpas para acendê-lo. E esse impulso irracional comandava a minha vida ao ponto de quase inviabilizar relações. O meu primeiro namorado não fumava, detestava que eu o fizesse e estava sempre a censurar-me. Até ao dia em que me virei para ele e lhe disse, muito convencido da justeza da minha posição: "Se alguém quiser ficar comigo, tem de me aceitar como eu sou e as coisas que eu gosto de fazer. E isso inclui fumar". Nem mais. Porque em todas as situações, em todos os momentos, o cigarrinho é o melhor amigo do fumador e não conseguimos abdicar dele, nem por um grande amor. É que quando se acende um cigarro a seguir ao outro, parece um acto natural, quase uma extensão do nosso próprio corpo; contudo, se pensarmos sem a camuflagem psicológica do fumador, concluiremos que respirar fumo e enfiar veneno no sangue é profundamente irracional. Mesmo que um dia nos tenham convencido do contrário e de que fumar é um acto 'cool', na verdade é uma grande estupidez. Aliás foi assim que mais ou menos toda a gente se iniciou no vício, porque fumar era um acto 'cool' e uma prova de rebeldia. Também eu comecei assim, muito cedo, por volta dos meus 15-16 anos, às escondidas, no pátio do liceu. E desde então nunca mais larguei os cigarros, embora muitas vezes o ritmo com que fumava fosse muito baixo e levasse a interrogar-me sobre as razões por que o fazia.


Embora esteja a atravessar uma fase menos boa da minha vida, tenho controlado esse meu vício pouco saudável e – surpresa das surpresas – ainda não bati com a cabeça nas paredes. Desde segunda-feira que não fumo e não estou a contar os dias sem o tabaco como se fosse um condenado. É verdade que ando mais impaciente, mas quero acreditar que vou conseguir, nem que seja reduzir a mínimos históricos a dose diária de nicotina. Se conseguir abandonar o tabaco de vez, não me tornarei um fundamentalista anti-tabagista, pois detesto todas as formas de fundamentalismo. Continuarei a conviver pacificamente com gente que fuma e com gente que não fuma e, a não ser que me peçam, não chatearei ninguém com as minhas histórias…
 

publicado por Pensador Insuspeito às 20:18

27
Jan 09
Now or Never! Pepsi's Best Commercial!
publicado por Pensador Insuspeito às 16:46
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26
Jan 09

 

Hoje estou esgotado! Numa segunda-feira é difícil dizer-vos isto. Mas é verdade. Parece que nada na minha vida bate certo. Os que me têm acompanhado por aqui sabem a que me refiro. É que a separação de um grande amor deixa sequelas... Agora é também a avaliação dos professores. Na minha escola anda toda a gente de "candeias às avessas" por causa da dita avaliação. Outra coisa não seria de esperar e isso reflecte-se no ambiente que se vive na minha escola que, como em muitas outras, está contaminado por esta avaliação e pelas consequências da sua mais que provável aplicação. Entre colegas há um mal-estar que a cada dia que passa se torna mais evidente. O ambiente está pesado, com conversas em surdina entrecortadas por silêncios e olhares... A suspeição está no ar...
 
Até aqui todos eram desfavoráveis a esta avaliação. Nenhum colega destoava da opinião geral que era bastante consensual quanto à implementação de um modelo de avaliação delineado num qualquer gabinete da capital, situado muito longe da realidade das nossas escolas. Não havia colega que não fosse contra as alterações que a ministra quis implementar.
 
Infelizmente, chegada a hora de tomar decisões, a opinião de muitos é abalada por diversos factores, alguns compreensíveis face à situação em que vivemos, outros nem tanto. Uns quantos pensam acima de tudo no seu próprio interesse. Temem não progredir na carreira ou virem a perder o ordenado que auferem. Outros têm medo das possíveis represálias que poderão ter por parte do ministério. Outros ainda dizem uma coisa mas na hora de tomar decisões e lutar baixam os braços e preferem fazer outra coisa radicalmente diferente daquela que até agora defenderam. É precisamente nas horas mais difíceis que se conhece o carácter e a fibra das pessoas. Diria mesmo que estas horas são cruciais para qualquer relação, seja ela profissional ou outra. É perfeitamente aceitável que alguns colegas sintam medo perante esta situação. Já a falta de carácter manifestada por alguns é insustentável. Não gosto. Fico enojado. Só me apetece bater com a porta...
 
Na semana passada, expirou o prazo para a requisição das aulas assistidas, que são indispensáveis para que o professor avaliado tenha nota superior a "Bom", ou seja, só quem as requisitar poderá ter avaliação de "Muito Bom" ou "Excelente". São apenas 2 ou 3 míseras aulas! É incrível como se pode definir a qualidade do desempenho de um docente a partir de 2 ou 3 aulas! Não é possível que alguém no seu perfeito juízo possa pactuar com uma situação destas. Só uma mente muito enviesada pode achar que essas 2 ou 3 aulas fazem toda a diferença. Não posso crer!…
 
Por mim, não tenho qualquer problema em que as minhas aulas sejam assistidas, mas apenas por gente devidamente habilitada para o efeito. Concordo plenamente que a avaliação dos professores é necessária. Mas assim não! Não se pode dizer que o professor A ou B corresponde aos requisitos desta avaliação só com 2 ou 3 aulas assistidas!
 
Pois bem. Depois de muito ter reflectido, resolvi não entregar requisição nenhuma, para não atraiçoar a minha consciência e aquilo por que tenho lutado. Alguns colegas acompanharam-me nesta decisão. Não é nada fácil arriscar uma decisão destas. De facto, também eu tenho medo. Mas decidi em consciência não pactuar com uma situação tão gravosa para os interesses da classe e para o futuro da educação neste país. Resolvi seguir o meu caminho na obediência àquilo que sempre tenho defendido e que penso estar certo e não seguir o caminho que outros traçaram sem conhecimento de causa.
 
Infelizmente, muitos daqueles que têm reclamado alto e bom som contra as políticas do ministério e, nomeadamente, contra este modelo de avaliação, entregaram a dita requisição. Já não me revejo em muitos colegas. Alguns deles eu tinha como referências em termos de entrega à profissão e de lisura no tratamento com os demais colegas. Estranho mundo este! Parece que as ideias e as convicções andam ao sabor dos interesses do momento. E esta situação deixa-me desalentado e profundamente arrependido de ter escolhido ser professor.
 
Nestes momentos, dou comigo a pensar. Até posso entender a situação dos professores contratados e o seu medo em virem a ficar desempregados. Mas quanto aos professores de Quadro de Zona Pedagógica e do Quadro de Escola entendo menos, ou não entendo mesmo. No meio disto tudo, ainda há colegas que chegaram ao ponto de entregar a requisição porque dessa forma podem aceder às cotas reservadas aos professores que irão progredir na carreira. É a ideia verdadeiramente distorcida de que quantos menos entregarem a requisição para as aulas assistidas e os objectivos individuais mais possibilidade terão de conseguir uma classificação de "Excelente" e assim passarem à frente dos demais. Que sentido de justiça! Como é que se podem incutir valores nos nossos alunos com procedimentos destes?! Palavras para quê?!
 
E mesmo depois da entrega da dita requisição continuam a reclamar e a empestar o ambiente. Nestas alturas, apetece-me "virar a mesa". Então a luta que temos protagonizado tem sido em vão? Será que estão realmente convencidos da justeza das suas posições? Ou tem sido uma forma de não destoar do ambiente e não ficarem mal perante os outros colegas de profissão?
 
Perante esta situação lamentável, eu só posso dizer que não me importava nada – muito pelo contrário – de ser classificado com "Muito Bom" ou "Excelente". Quem não gostaria? E eu não vou ser hipócrita e dizer o contrário. Aliás, neste cantinho insuspeito sou aquilo que sou e não vou fingir outra coisa. Mas não desta maneira. Este modelo é apenas uma avaliação talhada num qualquer gabinete e que não corresponde minimamente à realidade com que nos debatemos no dia-a-dia da nossa profissão. É uma avaliação que não faz sentido porque está viciada desde o início.
 
Não entreguei a dita requisição e também não vou entregar os meus objectivos individuais. Está decidido. Não volto atrás. Não me importa nada se muitos ou poucos o irão fazer também. Nunca andei atrás dos outros. Sempre pensei pela minha cabeça. E é pena que nas horas decisivas muitos abandonem as causas pelas quais se bateram. Começo a pensar que este tempo não é o tempo das grandes causas, nem sequer das pequenas. É um tempo amorfo, sem causas, em que as pessoas se movem apenas pelos seus próprios interesses e não pensam em causas maiores.
 
Com esta situação, não prevejo nada de bom a respeito da avaliação dos professores nos próximos tempos. A partir de agora, o ministério poderá fazer o que quiser porque já deve ter reparado que a união entre os professores se quebrou. Neste sentido, grande parte das culpas só poderá ser atribuída aos professores e às suas atitudes.
 
Também não estou preocupado que me passem à frente, que sejam todos "Muito Bons" ou "Excelentes", que recebam um ordenado maior. Sei que posso vir a perder e a ficar muito mal no meio disto tudo. Mas resolvi não pactuar mais com este estado de coisas. Pois o que se passa no nosso ensino não merecia outra decisão. Se algum dia puder não mais voltarei a ser professor. Para mim basta!
 

25
Jan 09

 

 

publicado por Pensador Insuspeito às 14:50
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24
Jan 09

 

Hoje deu-me para isto: fazer mais uma análise ao meu "eu" em relação ao que gosto e ao que não gosto e fiquei surpreendido comigo próprio... Coisas tão simples e banais que nunca tinha analisado, por serem do dia-a-dia... Mas é verdade: ou gosto muito ou não gosto nada... e isso, por vezes, muda o meu estado de espírito!...

 

Do que eu não gosto: 

Não gosto que me apressem. Não gosto de ver o tempo a correr. Não gosto de olhar para o relógio. Não gosto do frio e do calor. Não gosto de moscas, melgas e mosquitos. Não gosto de iscas. Não gosto de natas no leite. Não gosto de leite simples. Não gosto de fast food. Não gosto de chávenas de café, com a borra no rebordo. Não gosto de coisas instituídas. Não gosto de falsos pudores. Não gosto de pessoas desleixadas. Não gosto do cheiro a suor. Não gosto do cheiro a álcool. Não gosto que me façam de parvo. Não gosto que me mintam. Não gosto de enviar sms e de não responderem logo. Não gosto de escrever a lápis, ou de ver coisas escritas a lápis. Não gosto que esbarrem comigo. Não gosto de gente mal-educada. Não gosto de gente snob. Não gosto de pessoas graxistas e falsas. Não gosto de pessoas intolerantes e preconceituosas. Não gosto da ingratidão. Não gosto de me sentir pressionado. Não gosto da solidão forçada.

 
Do que eu gosto:

Gosto das coisas simples da vida. Gosto de acordar, sem horas. Gosto de um simples "bom dia". Gosto do sol e do mar. Gosto de estar bronzeado. Gosto das noites de lua cheia. Gosto da chuva a bater-me no rosto. Gosto do cheiro a terra molhada. Gosto do pão quente e mole. Gosto de massas e de queijo. Gosto do café com espuma. Gosto de chocolate, morangos e champanhe. Gosto de escrever, por tudo e por nada. Gosto de poesia. Gosto de ver filmes e de ouvir música. Gosto dos meus gatos e da sua personalidade. Gosto de dar presentes. Gosto de mimos e carinhos. Gosto que me façam festas no rosto. Gosto de sorrisos bonitos. Gosto que me surpreendam, pela inteligência. Gosto de viver o dia-a-dia. Gosto de "malhar" no ginásio. Gosto de me divertir e estar com os amigos. Gosto de sonhar. Gosto de viajar e partir à aventura. Gosto de seduzir e ser seduzido. Gosto de estar apaixonado. Gosto de poder ser feliz.

 

Gosto de gostar e de não gostar de tudo isto e... ponto final!

 

publicado por Pensador Insuspeito às 12:07

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