Um blogue pessoal mas... transmissível

07
Fev 09

 

 

publicado por Pensador Insuspeito às 17:05
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Não era disto que eu queria falar-vos neste post mas já que insistem, eu confesso que sim, que já fiz sexo numa casa de banho pública. Eu bem sei que não é um local muito confortável nem higiénico mas acreditem que o desafio que isso representa é aliciante. É que os níveis de adrenalina no sangue aumentam na proporção directa do medo de sermos descobertos e apanhados em pleno acto. Ainda assim foi uma única e gloriosa vez, já lá vão uns anitos, era eu pouco mais que um teenager inconsciente e em fase de afirmação da minha sexualidade. Naquela pachorrenta tarde de "quase-verão", reparei que um rapaz, por sinal lindo de morrer, passou boa parte do tempo a perseguir-me pelos corredores da faculdade. As aulas já tinham terminado e naquela tarde aproveitei para reunir alguma bibliografia indispensável para as frequências e exames que se aproximavam. A princípio, não me apercebi logo que aquilo era um engate, mas com o passar do tempo comecei a notar que para onde quer que eu fosse, ele também ia. Foi então que uma necessidade inadiável me levou à casa de banho e não é que o miúdo me seguiu até lá. Daí até trocarmos dois dedos de conversa e termos uma boa sessão de sexo oral foi um pequeno passo. Devem pensar que eu era tarado ou algo parecido, mas no calor do momento não se pensa em mais nada. Infelizmente, a vida trocou-nos as voltas e depois de concluída a licenciatura nunca mais soube do R.. Ainda assim, continuo a guardá-lo com todo o carinho no baú das minhas recordações.

 

Mas o que me levou a escrever algo sobre WC's públicos foi uma coisa que me intriga há muitos anos. Não é coisa para me tirar o sono mas põe-me a pensar sempre que tenho necessidade de recorrer a uma casa de banho pública. Refiro-me à panóplia de declarações de amor, contactos telefónicos, insultos e desenhos mais ou menos pornográficos que as portas das nossas casas de banho públicas ostentam orgulhosamente, desde centros comerciais a escolas e universidades. É que não se percebe muito bem o porquê da escolha daquele preciso local para tais pensamentos e desabafos. Ora vejamos. Com efeito, de que vale ao Manuel escrever na porta do WC masculino que ama muito a Maria, se a Maria provavelmente nunca vai lá entrar? E que consequências pode ter o insulto que o José resolve lançar sobre o António senão a de mostrar a imensa cobardia de quem recorre a tal expediente? Mas o que mais me agrada nessas visitas humanamente necessárias é a quantidade infinita de números de telemóvel que por ali se expõem aos olhares mais curiosos. Por isso, nada melhor que uma ida frequente a qualquer casa de banho pública para aumentarmos a nossa rede de contactos sociais! É também muito interessante que este Hi5 versão WC público incentive ao amor com o mesmo sexo... Em tempos, até eu me senti tentado a usufruir deste autêntico serviço público mas nunca o fiz por duvidar da autenticidade de propostas tão sedutoras...

 

Em conclusão, devo confessar-vos que, após tantos anos a frequentar esses locais, continuo sem perceber as razões que estão por trás de tal comportamento. Mas pensando melhor, os fãs das confidências em WC's públicos ainda não devem ter descoberto as imensas potencialidades que lhes são oferecidas por estas modernices da Internet. Por isso, cheguei à conclusão de que por nunca ter escrito em portas de WC's públicos precisei de criar este blog... É que tinha de colocar os meus pensamentos e desabafos em qualquer lado e as portas das casas de banho públicas nunca foram uma alternativa...

 


 

 

Não sei se alguma vez acompanharam a série televisiva "Os Tudors", que já teve duas temporadas e que passou na televisão portuguesa no ano passado. Em traços gerais, a série narra a vida na corte do rei Henrique VIII de Inglaterra, começando no período imediatamente anterior à sua separação de Catarina de Aragão, facto que levará Henrique VIII ao rompimento com a Igreja Católica, a fim de aderir à reforma protestante para se divorciar e poder casar com Ana Bolena. Mas o melhor da série é, sem dúvida alguma, o grande amigo e cunhado do rei, Charles Brandon, personagem interpretado por Henry Cavill, para mim um dos homens mais bonitos e sexys da televisão e do cinema. Este é outro que não me importava nada de ter na minha cama todas as noites...

 

E vejam como neste caso a idade só faz bem às pessoas!!!

 

Henry Cavill at the Hollywood premiere of The Count of Monte Cristo

 

Henry Cavill

 


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Gostei imenso do teu texto.Parabéns! Abraço.
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