Um blogue pessoal mas... transmissível

22
Fev 09

 

É engraçado como nos últimos tempos a vida me tem ensinado algumas coisas muito importantes, coisas que eu pensava ter por adquiridas. A maior lição que eu estou a receber neste momento e que por mais que me esforce ainda não consigo assimilar totalmente é que não posso obrigar ninguém a ficar do meu lado, a preocupar-se comigo, a "perder tempo" comigo. Sei que pode ser um pouco tarde para aprender isso porque afinal já não sou nenhum adolescente. O fim do meu relacionamento com o M. mostrou-me que estou mais sozinho do que imagino. E mesmo quando estou rodeado de muita gente é como se estivesse sozinho, porque me falta a pessoa mais importante, a pessoa que preencheu de alegria os meus dias e as minhas noites. É como se ele tivesse levado consigo um bocadinho de mim. Apesar de tudo, não quero deixar que a infelicidade me derrube. Tenho conseguido disfarçar bem para a família e para os amigos. Tenho conseguido enganar muito bem a todos e até a mim mesmo de vez em quando...

 

Para informação geral da blogosfera, quero dizer que o meu último contacto com o M. foi na sexta-feira. Mas, como sempre, foi um contacto que me torturou mais do que me consolou. Um contacto que deixou nas entrelinhas coisas que acabam por me dar esperanças que eu não quero ter. E nem posso. Porque não quero sofrer mais. Porque estou cansado de sofrer. Porque não quero alimentar uma ilusão que eu próprio criei. As lágrimas acabaram por voltar aos meus olhos. O que é difícil porque não sou de exteriorizar sentimentos, muito menos dessa maneira. Depois, e para não variar, ele desaparece de novo, não dá sinal de vida, não manda uma mensagem. E eu ponho-me a imaginar onde ele está, como ele está, com quem ele está. Ou seja, fico na merda novamente... Eu desabafo para aqui e digo que não quero mais nada, que quero baixar os braços e deixar de lutar, que quero acreditar que posso ser feliz novamente, mas realmente não sei se é assim que penso. Nem sei se é assim que será. Aliás, já nem sei mais nada. A minha mente está confusa, o meu coração magoado... Às vezes, a minha cabeça parece que vai explodir... Não é fácil ultrapassar o desgosto pela perda de um grande amor e recuperar-se totalmente ao fim de uma semana, ou de um mês, ou até de dois meses... Isto não é uma gripe...

 

Tenho tentado manter a cabeça ocupada. Tenho feito muitas coisas para me distrair, mas todos os dias tenho que regressar aos lugares onde fomos tão felizes, e nessas horas a solidão ainda me maltrata mais... Por isso, não houve outra hipótese senão sair para não enlouquecer. A noite até foi boa. Quem esteve comigo nem se apercebeu do que se está a passar na minha vida. Mais uma vez, a desculpa que eu dei pela minha "aparente" tristeza foi que andava stressado e cheio de trabalho. Pelo menos, esta saída evitou que eu pensasse constantemente no M.. Demos umas voltas e parámos em alguns sítios mas não ficámos até muito tarde. Regressei a casa. Custou a adormecer. Dormi até tarde. Parece que nem dormi. Foi mais uma noite estranha. Mas não tinha outro remédio: ou saía ou ia acabar por enlouquecer sozinho em casa…

 


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