Um blogue pessoal mas... transmissível

26
Mar 09

 

Porque estou a precisar de relaxar, resolvi postar hoje mais uma música. Desta vez, escolhi uma peça de música clássica, coisa que nunca fiz por aqui. Passando hoje mais um aniversário sobre a morte de Beethoven, ocorrida a 26 de Março de 1827, escolhi "Fur Elise", uma das obras para piano mais conhecidas do genial compositor alemão, escrita pelos anos 1808 ou 1810 em honra de uma senhora a quem propôs casamento, chamada Teresa Malfatti. O amor tem destas coisas...

 

 

 

 


 

Hoje, quando já nada o fazia prever, volto a entregar-me a este imenso prazer que é blogar. Os factos a isso obrigam. É que quando ia a sair da escola e me dirijo ao carro, qual não é o meu espanto ao ver uma multa por estacionamento indevido, ostensivamente escarrapachada no pára-brisas. Com efeito, quando regressei à escola depois do almoço, constatei que todos os lugares no estacionamento situado em frente já estavam ocupados. Decidi então colocar o carro num local mais afastado e interdito a estacionamento, como já tinha feito algumas vezes, confiando que a polícia não iria passar por aquelas bandas, uma vez que é um lugar bastante discreto. Puro engano. A comprovar isso mesmo, está a multa que não me deixa mentir e que vou ter mesmo de pagar…

 

Mas avancemos. Entro no carro e apercebo-me que não trago comigo os óculos de sol. Volto a sair do carro, furioso comigo mesmo por todas as razões deste mundo, e regresso à escola com o intuito de apanhar os óculos que deixei (mais uma vez) na sala de professores. Mal franqueei o portão de entrada, dou de caras com dois colegas que conversavam animadamente sobre o assunto que por estes dias é obrigatório em todas as conversas de ocasião: o facto de o conselho executivo estar a ponderar a aplicação de sanções aos professores que não entregaram, no seu devido tempo, os objectivos individuais, entre os quais eu me incluo. Escusado será dizer que os colegas me desafiaram a entrar na conversa, embora eu estivesse com pressa e não quisesse contribuir mais uma vez para esse estafado assunto. Mas, enfim, lá acedi a participar.

 

Apesar de ser um pouco "espalha-brasas" quando a "mostarda me sobe ao nariz", nunca assumi a postura de enfant terrible. Mas desta vez, porque se requeria uma actuação dura e em conformidade com a gravidade da situação, decidi não entregar os objectivos individuais e acarretar com as eventuais consequências. Em circunstâncias normais, não o faria, mas tive mesmo de o fazer no respeito pela minha própria consciência e em oposição a um modelo de avaliação tão desfasado da nossa realidade escolar. Ora, a conversa azedou, isto porque confrontei os ditos colegas com a sua falta de coerência. Em tempos não muito recuados, foram os primeiros a manifestar a sua indignação e discordância perante o modelo que o ME implementou na avaliação dos docentes e poucos meses depois dão o dito pelo não dito e entregam os objectivos individuais, passando a engrossar o rebanho de "miluzinhas" e "socretinhos" que infesta o país.

 

Há pouco tempo, discorri num blogue amigo sobre os efeitos da frontalidade nas relações de trabalho e de amizade. Nunca gostei de meias-tintas. É preferível pôr imediatamente as cartas em cima da mesa do que alimentar eternamente uma situação dúbia. Se os meus interlocutores tiverem a humildade para aceitar uma crítica ou uma opinião menos favorável é muito bom sinal. De contrário, as relações de trabalho (ou de amizade) mover-se-ão constantemente num terreno de areias movediças e ficarão reféns do politicamente correcto. Na minha perspectiva, a frontalidade não pode ser confundida com a agressividade, mas deve ser entendida como opção pela verdade. Depois da conversa que tivemos, os dois colegas e eu, acredito que não haverá mais dúvidas sobre a personalidade de cada um de nós. Acredito também que todas as pessoas são livres de mudar de critérios, mas então que tenham a decência de respeitar quem coerentemente continua a defender os seus pontos de vista. A bem de uma profissão cada vez mais desmotivadora e de uma escola onde é cada vez mais difícil trabalhar…

 

Valeu-me o facto de ter acabado o dia a mortificar o corpinho numa boa sessão de ginásio. E o melhor de tudo é que alguém com quem tenho trocado olhares desde o início desta semana também andava por lá. Pode ser que daqui a algum tempo tenhamos assunto. Ou não... Por agora fico-me por aqui e mais não digo.
 


 

Youth Group é uma banda australiana oriunda de Sydney e formada na década de 90. Após várias formações, desde 2004 permanece a que hoje se conhece, com os integrantes originais Toby Martin (voz e guitarra) e Danny Allen (bateria), aos quais se vieram juntar Cameron Emerson-Elliott na guitarra e o antigo baixista dos The Vines, Patrick Matthews. Para ouvir, escolhi um cover de uma música original dos Alphaville, que na minha opinião está fantástico. "Forever Young" é mais uma música "levezinha" para ouvir num magnífico final de tarde primaveril...

 

 

 

 


 

 

A discussão sobre a (in)oportunidade da construção de uma linha férrea de alta velocidade voltou ontem ao Parlamento. Precisamente na semana em que foram conhecidos os números alarmantes sobre o desemprego em Portugal, os senhores deputados, desta vez pela mão do PSD, resolveram pela enésima vez entreterem-se num debate sobre o TGV. Agora com casinha renovada, até dá gosto. Pelo menos, parece que acabaram os dois martírios a que diariamente os senhores deputados da nação se submetiam: o calor e o tédio. O ar condicionado voltou a funcionar e haverá seguramente mais deputados a blogar, a twittar e a engrossar o número de adeptos do facebook. Mas isto são contas de outro rosário…

 

A discussão de ontem sobre o TGV serviu mais uma vez para desviar a atenção quanto aos números do desemprego. E o Governo agradece. Expliquem-me como se eu fosse muito burro, mas ainda não consegui perceber se o problema do PSD está no traçado da via férrea ou na inoportunidade da sua construção. É que realmente as cabeças pensantes deste parlamento confundem-me… Ninguém estará interessado em saber a minha opinião, muito menos o Governo e os senhores deputados, mas aqui vai. Pois, na minha humilde opinião, a construção de tal infra-estrutura é um crime e, a fazer-se, só revela que os governantes deste país perderam todo o sentido do equilíbrio e do bom senso. Portugal é um país demasiado pequeno e pobre para se aventurar na construção de uma obra megalómana como o TGV. A única coisa que ainda poderia aceitar era uma ligação por TGV entre Lisboa e Madrid e que se melhorassem substancialmente as ligações ferroviárias entre a capital e outros pontos do país, nomeadamente com o Norte e o Algarve. De contrário, não vejo como um investimento tão avultado possa ter retorno a curto ou médio prazo. Provavelmente nunca o terá e em pouco tempo estará a dar prejuízo ao país. A não ser que o Governo esteja já a pensar na possibilidade de Portugal vir a falir num prazo de 5 anos. Nesse caso, é melhor começar já a assentar os carris e a levantar as catenárias, para a bicheza poder fugir rapidamente para Espanha…

 


 

Perdoem-me se vos estou a aborrecer com o que vou dizer neste post/pensamento mas, por motivos óbvios, tudo o que envolve a Educação em Portugal interessa-me. Ontem a ministra da Educação e os dois secretários de Estado que habitualmente a acolitam estiveram no parlamento. Veio ao de cima, entre outros assuntos, a possibilidade de os professores que não entregaram os seus objectivos individuais poderem ser alvo de sanções por parte dos conselhos executivos, a quem o Ministério da Educação confiou, num gesto de absoluto desprendimento, essa ingrata tarefa.

 

Contudo, não era disso que eu queria falar agora. O outro assunto que me chamou a atenção foi a surpresa que a senhora ministra manifestou quando foi confrontada pela oposição com o incumprimento do advogado João Pedroso num contrato de ajuste directo com o Ministério da Educação, com o objectivo de fazer a compilação e sistematização das leis relativas à Educação. Com o seu habitual ar cândido, quase de donzela ultrajada nos seus mais íntimos sentimentos, a ministra veio dizer que desconhecia (!) que o seu amigo socialista fosse um "incumpridor nato" e que foi tudo uma "surpresa lamentável". Como se o irmão do também socialista Paulo Pedroso já não tivesse sido anteriormente contratado e o resultado não tivesse sido igualmente lamentável… Não satisfeita com isso, a senhora ministra ainda conseguiu negar que João Pedroso tenha sido contratado por ser seu amigo… Ora esta situação deixa-me profundamente revoltado. Enquanto o ME se dá ao luxo de esbanjar mais alguns milhares de euros do erário público, a escola onde trabalho debate-se amiúde com graves apertos financeiros. E tudo isto se passa sem quaisquer consequências políticas. Enquanto houver "jobs for the boys", "tá-se" bem…

 


25
Mar 09

 

Já todos devem ter ouvido falar do spot televisivo de promoção da Antena 1 que há dias andou a passar na televisão estatal, ao qual Eduarda Maio, a biógrafa oficial de José Sócrates, emprestou a voz, e que colidia frontalmente com o artigo 45.º da Constituição da República, que de forma inequívoca estabelece que "a todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação". Agora o BE fez uma versão truncada do mesmo polémico comercial da Antena 1 e colocou-a na net. Nesta versão alternativa, o pequeno filme serve para convocar a manifestação do 1.º de Maio, dia do Trabalhador. Nela, o já famoso automobilista Rui também não chega ao trabalho a horas, mas a causa é bem diferente. O Rui, que antes ficava empatado nas filas de trânsito causadas por uma manifestação, agora fica a saber pela informação de trânsito da Antena 1 que não chegará a horas ao trabalho porque… o patrão o despediu.

 

Aqui ficam os vídeos da primeira versão do anúncio…

 

 

 

... e da nova versão, da autoria do BE

 

 

 

publicado por Pensador Insuspeito às 17:37

 

 

No início desta semana, José Sócrates apelou à compra de painéis solares pelos portugueses, no âmbito do programa do Governo de incentivo ao uso de energias renováveis, destacando o impacto positivo que isso terá na economia a vários níveis. E fê-lo em termos patrióticos, quase dramáticos, afirmando que os portugueses estarão a dar um contributo à economia do país e a criar mais empregos se instalarem painéis solares nas suas casas. Segundo o primeiro-ministro, o programa de incentivo à aquisição de painéis solares prevê ainda a comparticipação, pelo Governo, de 50 por cento no custo total do investimento.


Apesar da comparticipação do Governo, que, em abono da verdade, até me parece generosa, não acredito que haja muitos portugueses a investir na compra de painéis solares. Isto porque os portugueses são avessos à mudança e duvidam das vantagens da energia solar. Preferem assim pagar avultadas facturas à EDP e depois desfiar o habitual rosário de lamentações sobre o preço da electricidade. Por outro lado, diz-se que é um investimento caro, cujo retorno demora cinco anos, o que o torna um investimento pouco atractivo para a generalidade dos consumidores.


Na minha perspectiva de leigo na matéria, os portugueses só fazem mal em não aproveitar a generosa oferta do Governo, pelo menos enquanto ela durar… Parece-me aliás que a atitude desconfiada em relação às energias alternativas tem muito a ver com as características do consumidor português que sempre privilegiou a quantidade em desfavor da qualidade, uma característica muito própria das sociedades subdesenvolvidas. Além disso, parece-me também que os portugueses, na sua maioria, estão mal informados sobre as vantagens das energias renováveis e desconhecem que a opção por este tipo de energias amigas do ambiente é inadiável. Isto porque entrou em vigor no passado mês de Janeiro legislação que obriga os edifícios a possuir um certificado energético. Além disso, segundo me informei, lá para 2012, entrará em vigor a segunda fase do protocolo de Quioto sobre emissões de CO2 e a factura a pagar por se ultrapassarem os limites acordados vai entrar-nos directamente no bolso.


Perante isto, acho que as autoridades portuguesas deviam antes de mais fornecer informação adequada aos consumidores e não limitar-se a dizer: "Comprem painéis solares que nós até pagamos 50 por cento do investimento". Assim dificilmente se promoverá a consciência ambiental e se convencerá o tuga médio a optar pelo uso das energias renováveis. Penso que também neste domínio, Portugal ainda tem muito caminho a fazer. Basta dizer que na Grécia instalam-se cerca de 40 mil painéis por ano, enquanto em Portugal apenas 2500! Num país como o nosso, com um magnífico sol a brilhar quase todo o ano, é criminoso que não se avance decididamente no uso da energia solar. Porque afinal o sol quando nasce é para todos… e é para ser aproveitado! Cada vez mais…

 


24
Mar 09

 

 

No passado dia 10, a Fox Life estreou a 5.ª temporada de uma das minhas séries televisivas favoritas, "Donas de Casa Desesperadas", com a emissão de um episódio duplo. Esta nova temporada começou com um salto no tempo em relação ao final da anterior e todas as personagens têm agora mais cinco anos. "A ideia do salto no tempo veio dos produtores executivos da série 'Perdidos'. Nós quisemos dar uma nova perspectiva à série para darmos a conhecer cada uma das personagens mais uma vez", afirmou Marc Cherry, o criador da série.


"Donas de Casa Desesperadas" acompanha a vida de cinco mulheres – Bree Hodge (Marcia Cross), Lynette Scavo (Felicity Huffman), Susan Delfino (Teri Hatcher), Edie Britt (Nicollette Sheridan) e Gabrielle Solis (Eva Longoria) – que moram em Wisteria Lane, um bairro suburbano nos Estados Unidos. Com personalidades muito distintas, mas com uma amizade inquebrável, estas mulheres fazem tudo ao seu alcance para estarem de bem com a vida. Tudo começou quando Mary Alice Young (Brenda Strong), vizinha das protagonistas, abandonou o seu lar perfeito, no mais agradável dos subúrbios americanos, e pôs fim à própria vida. Agora, Mary Alice mostra-nos os pormenores escondidos no dia-a-dia da família, dos amigos e dos vizinhos, acompanhando tudo do seu "elevado" ponto de vista.


Nesta 5.ª temporada, Susan tem um novo interesse romântico, Jackson (Gale Harold), mas o seu ex-marido, Mike, ainda se encontra por perto, morando também em Wisteria Lane. A Scavo Pizzeria é agora um restaurante de grande sucesso, e Lynette continua a ser a "super-mãe" de três filhos que atravessam a adolescência. Os brilhantes cozinhados de Bree, que já conhecíamos de outras temporadas, valeram à personagem uma carreira no ramo. Bree é agora uma autora de livros de culinária, e Katherine faz parte da sua equipa. No entanto, Katherine sente-se mal pois Bree é uma estrela e ela não, apesar de terem começado o negócio de culinária juntas há cinco anos atrás. Gabrielle tem duas filhas, um marido cego e um orçamento mensal pouco atractivo, pelo que a pressão familiar começa a afectá-la. Edie, que tinha partido de Wisteria Lane destroçada na quarta temporada, está de regresso com um novo marido, Dave (Neal McDonough) e novos segredos. A não perder todas as terças-feiras, num televisor perto de si.

 

 

 

Queria falar-vos agora da grande novidade trazida pela temporada anterior de "Donas de Casa Desesperadas", com a entrada em cena do casal gay Bob e Lee que se mudou para Wisteria Lane e que veio "apimentar" ainda mais esta trama de sucesso. Tuc Watkins, que interpretou também um personagem gay noutra série televisiva, dá vida ao personagem Bob, um homem calmo que trocou a cidade grande pela tranquilidade de Wisteria Lane e uma vida mais pacata, e Kevin Rahm interpreta o papel de Lee, namorado de Bob. Marc Cherry, que é gay assumido, deu na altura uma entrevista ao site gay norte-americano "After Elton", revelando que os novos personagens, as suas atitudes e os efeitos provocados na vizinhança se baseiam na sua experiência pessoal. Contudo, esta não é a primeira vez que a série aborda o tema. Numa das temporadas anteriores, o jovem Andrew (Shawn Pyfrom), filho de Bree, tem sérias dificuldades em fazer o seu coming out, e na 4.ª temporada o personagem que interpreta alcança outra projecção com a chegada dos novos vizinhos. Nesta 5.ª temporada, pensa até em casar-se com Alex (Todd Grinnell), um médico que no passado participou num filme pornográfico, o que deixa a mãe à beira de um ataque de nervos...

 

Aqui fica um vídeo com os personagens gay Andrew e Justin numa das temporadas anteriores...

 

 

 


 

A propósito do enredo de novela mexicana em que se transformou a nomeação do novo Provedor de Justiça, com os dois maiores partidos do espectro político português a digladiarem-se para colocarem na cadeira alguém do seu círculo político ou de amizades, apeteceu-me abordar aqui a questão de fundo que nestas ocasiões vem sempre ao de cima. É que olhando bem à história recente do país, vê-se facilmente que os partidos políticos portugueses nunca tiveram sentido de Estado. Podem perguntar-se o que é que eu quero dizer quando uso esta expressão. Pois bem. Na minha perspectiva, sentido de Estado é a obrigação que os partidos deveriam assumir no sentido de concertarem posições entre si e ultrapassarem divergências político-ideológicas, nomeadamente quanto a aspectos fundamentais na estruturação de um país, como sejam a saúde, a educação, a justiça, o trabalho, a fiscalidade, entre outros.

 

Infelizmente, o que se vê é que cada vez que o país muda de governo, mudam também as políticas. Até aqui tudo bem, porque todos os partidos têm um projecto político que submetem à apreciação dos cidadãos no momento da ida à urnas e, se esse projecto político sai vencedor, o partido que o sustenta tem o direito e o dever de o pôr em prática na governação do país. Mas já me custa mais a compreender que a mudança de governo e de políticas nas diversas áreas da governação deite por terra tudo aquilo que o governo anterior realizou, com o pretexto de se fazerem novas reformas. Uma vez na oposição, o partido que anteriormente ocupava a cadeira do poder passa a não ter outro objectivo senão minar a governação do partido que se lhe seguiu. E o caso repete-se quando esse partido recupera o poder e volta a revogar as reformas que entretanto foram feitas, iniciando assim um período de novas pseudo-reformas. Para mim, esta forma de fazer política revela uma falta confrangedora de visão de Estado a longo prazo. Parece que neste país se está sempre a começar do zero. Neste sentido, arrisco-me a dizer que Portugal é um país eternamente adiado, vítima de um regime político-partidário que se move sobretudo por interesses mesquinhos e se esquece das grandes reformas estruturais que era necessário implementar.

 

É por isso que, a propósito da escolha do Provedor de Justiça e de outras escolhas semelhantes, vemos um triste espectáculo mediático. Desde que me conheço por gente e que me preocupo minimamente com o que me rodeia, que vejo este jogo em que se envolvem os partidos da situação. É a constante dança das cadeiras. São os jogos de bastidores para ver quem coloca nos centros de decisão mais gente de confiança política. Depois, em maré de eleições, todos os políticos e comentadores se admiram com as elevadas taxas de abstenção. Não será porque a política e, sobretudo, os políticos estão cada vez mais desacreditados junto da opinião pública? Não será porque os políticos colocam os seus próprios interesses político-partidários à frente dos interesses das pessoas e do bem comum dos cidadãos?

 

Por isso mesmo, para que Portugal entrasse definitivamente no bom caminho, era necessário que, ao menos os partidos com vocação de poder, assumissem uma posição responsável e se deixassem de uma vez por todas de politiquices bacocas que só têm prejudicado o país e o têm afastado cada vez mais dos níveis de desenvolvimento e bem-estar dos seus congéneres europeus. Que se entendessem ao menos quanto às questões estruturantes na vida do país e poupassem os cidadãos ao triste espectáculo da política provinciana e caceteira à boa maneira do século XIX…
 


23
Mar 09

 

Há coisas que não lembram ao diabo! Questionada sobre a publicação de anúncios auto-elogiosos na secção de classificados do Jornal de Notícias, a ministra da Educação respondeu da seguinte forma: "O Ministério da Educação informou-se sobre a oferta existente no mercado previamente à celebração de qualquer contrato no sentido da publicação em causa tendo constatado, antes do Grupo Parlamentar do PSD se pronunciar sobre esta questão, que o Jornal de Notícias era o único que dispunha daquela secção de classificados". Importa dizer que essa decisão foi tomada sem a realização de qualquer concurso prévio e que o ministério da Educação desembolsa 875 euros por semana pela referida publicidade.

 

Na minha perspectiva, esta justificação não procede. Será que o Jornal de Notícias é o único jornal português que inclui secção de classificados? Fiquei com dúvidas. Fui então dar uma vista de olhos pelos jornais matutinos que se publicam neste jardim à beira-mar plantado e as minhas dúvidas ficaram cabalmente esclarecidas. Antes de Maria de Lurdes Rodrigues se auto-promover nas páginas de classificados do JN, já as meninas e os meninos do "relax" e da "massagem" se faziam anunciar naquele e noutros matutinos com mensagens altamente sedutoras e apelativas. Basta a senhora ministra dar uma rápida vista de olhos por alguns jornais que deve conhecer ao menos de nome, como o Correio da Manhã, o Diário de Notícias, o Público, o 24 Horas… Uma vista de olhos bem rapidinha porque sei que o seu tempo é precioso. Assim como o meu, para me dar ainda ao trabalho de escrever posts/pensamentos como este, que ninguém gosta de ler…
 


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